A tecnologia que viabilizou o Wal-Mart foi o automóvel, massificado na segunda metade do século 20. Sua estratégia nos anos 60 começou com localização: instalava-se em lugarejos longe das grandes cidades. Com custos menores, cobrava menos oferecendo mais valor que seus concorrentes das metrópoles. Logo as pessoas (da cidade) estavam se dispondo a dirigir até lá- um movimento que não era óbvio. A marca foi construída através do boca a boca (RP em sentido amplo): ”vale a pena dirigir até lá,os preços são imbatíveis”. Para que propaganda? O mundo fica sabendo de mim porque sou notícia.De passagem: a Wal-Mart foi pioneiro no uso de todas as inovações tecnológicas no varejo: conexão direta com fornecedores, controles de estoque em tempo real, uso de satélites etc… Apesar de ser quase neuroticamente focada em custos, é das empresas que mais investe em tecnologia. Por que mesmo?
Mas a pergunta permanece: o que há hoje que não havia ontem? No passado muitas inovações genuínas precisaram de propaganda. Há mais de um século, George Eastman lançou a Kodak Brownie, uma máquina fotográfica vendida a 1 dólar. Como ninguém tinha idéia de como usá-la, a propaganda ensinava: “Você aperta o botão e nós fazemos o resto”.
A General Motors usou propaganda intensamente a partir de meados dos anos 20 para anunciar seus novos modelos (coisa que a Ford, líder de então, não fazia -até porque não mudava seu modelo). Propaganda sempre será útil. Sem ela o mundo não terá como saber que você está fazendo uma promoção, ou que tem um modelo novo, ou que “basta apertar um botão”.
O que há hoje e não havia ontem é a revolução da informação. Hoje, um produto equivalente à Kodak Brownie (o iPhone,por exemplo)não precisaria de propaganda porque as pessoas ficam sabendo das coisas com muito mais facilidade. A informação digital, mais precisa e mais barata, reduz tanto os custos de transação e os gastos que o cliente tinha para obter informação.
Isso faz com que quem vende seja forçado a se expor. Não dá mais para se esconder. É antieconômico mentir. Lembre-se de casos como o da Enron. Num mundo em que obter informação ficou barato, as vísceras das organizações estão sendo expostas. Por isso, a estratégia de marketing mais básica da era digital é construir reputação. Propaganda é pagar para falarem bem de mim. É mais crível se falarem bem de mim de graça.
RP é mais eficaz que propaganda quando o custo de obter a informação verdadeira cai. Há fundamento econômico para supormos que o primado da propaganda possa realmente estar em xeque. Claro que depende do produto, depende do mercado, depende, depende,depende… Tudo que tem interesse em business “depende”, mas, como tendência geral, faz sentido que propaganda esteja perdendo fôlego mesmo.
Mas a pergunta permanece: o que há hoje que não havia ontem? No passado muitas inovações genuínas precisaram de propaganda. Há mais de um século, George Eastman lançou a Kodak Brownie, uma máquina fotográfica vendida a 1 dólar. Como ninguém tinha idéia de como usá-la, a propaganda ensinava: “Você aperta o botão e nós fazemos o resto”.
A General Motors usou propaganda intensamente a partir de meados dos anos 20 para anunciar seus novos modelos (coisa que a Ford, líder de então, não fazia -até porque não mudava seu modelo). Propaganda sempre será útil. Sem ela o mundo não terá como saber que você está fazendo uma promoção, ou que tem um modelo novo, ou que “basta apertar um botão”.
O que há hoje e não havia ontem é a revolução da informação. Hoje, um produto equivalente à Kodak Brownie (o iPhone,por exemplo)não precisaria de propaganda porque as pessoas ficam sabendo das coisas com muito mais facilidade. A informação digital, mais precisa e mais barata, reduz tanto os custos de transação e os gastos que o cliente tinha para obter informação.
Isso faz com que quem vende seja forçado a se expor. Não dá mais para se esconder. É antieconômico mentir. Lembre-se de casos como o da Enron. Num mundo em que obter informação ficou barato, as vísceras das organizações estão sendo expostas. Por isso, a estratégia de marketing mais básica da era digital é construir reputação. Propaganda é pagar para falarem bem de mim. É mais crível se falarem bem de mim de graça.
RP é mais eficaz que propaganda quando o custo de obter a informação verdadeira cai. Há fundamento econômico para supormos que o primado da propaganda possa realmente estar em xeque. Claro que depende do produto, depende do mercado, depende, depende,depende… Tudo que tem interesse em business “depende”, mas, como tendência geral, faz sentido que propaganda esteja perdendo fôlego mesmo.
3 comentários:
"Os tempos mudaram e finalmente as empresas estão percebendo que agora a grande jogada não é investir milhões em propaganda, mas sim investir uma porcentagem razoável na construção de sua imagem/reputação. Isso pode levar mais tempo, porém os resultados virão a longo prazo".
"O que seria do mundo se não houvessem as pessoas para operar as máquinas criadas com a moderni dade"... assim são as empresas que cada dia mais percebem que o lado humano tem que ser valorizado e que as relações pessoais ajudam no bom andamento dos trabalhos, na formação de opinião sobre os produtos que aquelas pessoas (das empresas) representam e principalmente na fixação da imagem da empresa, ou seja, se é bom para os funcionários, os funcionários estão motivados, estão felizes etc e tal, também deve ser bom pra mim e para as pessoas que conheço...
"Prédio bom é que aquele que tem boa base"
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